Aprendendo, COMA Horta e com o Pau Brasil!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

JORNAL JOVENS AMBIENTALISTAS_JJA_OUTUBRO 2009_FANZINE ONLINE




A Escola
O CIEP – 424 – PEDRO AMORIM, localizado na Rua Manoel Morel Peçanha s/nº , no distrito de Visconde de Itaboraí, Município de Itaboraí no Estado do Rio de Janeiro, subordinado à Coordenadoria Regional Metropolitana IX, da Secretaria Estadual de Educação.


           2007                                            Foto feita pelo aluno Leonardo, 2009

A escola foi fundada no dia 11 de fevereiro de 1994, obedecendo ao Decreto nº 19.624 e publicado no Diário Oficial de 16/02/1994. A Unidade Escolar funciona em regime de externato e oferece os cursos de Ensino Fundamental Regular (2º Segmento) , Ensino Médio, pela Resolução nº 25623 e Diário Oficial 06/10/1999 e Ensino de Jovens e Adultos( Iª a VIIIª Fase).
Está localizada numa zona rural, dentro de uma área de 3000 m² com aproximadamente 1600 m² de  área construída.
Os meios de transporte mais utilizados pelos alunos para chegar à Unidade Escolar são ônibus, bicicletas e outros.
O horário de funcionamento da Unidade Administrativa se dá em 03 turnos: 1º Turno (7:30 às 12:50 h); 2º Turno (13:00 às 18:00 h) e 3º Turno (18:00 às 22:30 h).
O CIEP Brizolão 424 Pedro Amorim está localizada no 9º distrito de Itaboraí, Visconde de Itaboraí, como vemos no mapa abaixo.



                                                                                                                           PÁGINA 03




Histórico da Estação Ferroviária de Visconde de Itaboraí
           
            A Estação Ferroviária de Visconde de Itaboraí foi inaugurada oficialmente em 4 de abril de 1928. Seu nome foi uma sugestão do prefeito municipal de Itaboraí, na época Cel. João de Magalhães, a Estrada de Ferro Leopoldina Railway em uma justa homenagem ao mais ilustre filho de Porto das Caixas, Joaquim José Rodrigues Torres, “O Visconde de Itaboraí”, político, conselheiro, ministro de estado por várias vezes e o primeiro presidente da província fluminense.
           Contudo, documentos internos da empresa atestam o funcionamento de uma estação provisória nesse mesmo local desde 09 de julho de 1927, com o nome de quilômetro 30. Desse período até a inauguração oficial em 04 de abril de 1928, a Leopoldina Railway construiu casas confortáveis para seus funcionários, com água, luz elétrica e esgoto, um prédio para  controle do movimento dos trens que funcionavam em Rio Bonito, e aumentaram-se as linhas de desvio em quantidade e comprimento. A Leopoldina, com seu gerador, iluminava todo o pátio da estação, as casas dos funcionários, casa de turma e o posto telegráfico do governo. Na ocasião da festa da capelinha construída na comunidade, sob evocação de Nossa Senhora do Desterro, a estrada fornecia toda a iluminação, interna e externa.
            O lugarejo, na época do início do funcionamento da estação provisória, chamava-se Itambi Pequeno e pertencia a Porto das Caixas.

                                            Foto feita pelo aluno Tiago Mendes.
           
            Visconde de Itaboraí foi um lugar próspero, graças às instalações da Companhia Leopoldina.
            Com o declínio da ferrovia, dada a ascensão das indústrias automobilísticas em todo o mundo, a estação Visconde de Itaboraí perdeu sua importância como estação de grande porte, perdeu o movimento intenso e o pátio de manobras lotado.
            A Estação Ferroviária Visconde de Itaboraí é uma testemunha de época que necessita ser preservada  e não descaracterizada, visto que ela foi tombada desde 1996, pelo então prefeito João César Cáffaro.
Com a instalação do COMPERJ, será cada vez mais necessária a recuperação deste importante  transporte de massa e, conseqüentemente, a valorização da Estação Ferroviária Visconde de Itaboraí.
                                                                                                                                   
                                                                                                                                             PÁGINA 04


Diagnóstico histórico e sócio-ambiental da localidade em que está inserida a comunidade escolar


         Visconde de Itaboraí foi um lugar próspero graças às instalações da Companhia Leopoldina, oficialmente em 4 de abril de 1928, que foi construindo casas para seus funcionários, casas confortáveis com água, esgoto e luz elétrica (Foto 1).
           Assim, a Companhia Leopoldina foi enriquecendo o nascente lugar. Com seu possante motor elétrico, iluminava todo o pátio da estação e a casa dos operários, casa de turma e até o posto telegráfico do governo. À noite “Visconde de Itaboraí” parecia uma cidade, com os seus inúmeros focos de luz.
            Nas festas religiosas locais, a Companhia concorria para o brilhantismo das mesmas, fornecendo, de muito boa vontade, a iluminação interna e externa da capelinha ali construída de Nossa Senhora do Desterro.
            Com a construção de uma oficina para reparos de suas locomotivas e vagões, houve maior interesse pelo local e, através desses melhoramentos, houve novas construções e simultaneamente aumento de sua força elétrica. Tudo isso gerou uma Visconde de Itaboraí mais próspera e populosa na época.
            Com o declínio da ferrovia, dada à ascensão das indústrias automobilísticas em todo o mundo, a estação Visconde de Itaboraí perdeu sua importância como estação de grande porte; o movimento deixou de ser intenso e o pátio de manobras se esvaziou. E com isso, a comunidade cresceu sem uma infra-estrutura, pois as ruas centrais possuem, ainda hoje, redes de água e de esgoto daquela época, funcionando precariamente. Porém, fora da região central vêem-se valas negras correndo a céu aberto, água de poço e pouca iluminação.
             Através da reunião do ELO 21 - Espaço Livre de Organização de Ações sócio-ambientais, diagnosticamos que os principais problemas socioambientais da comunidade são: saneamento básico; poluição e assoreamento do Rio Aldeis e canais de drenagem do mesmo causando enchentes; precariedades dos meios de transportes (rodovias, ferrovias) e da ponte; o abandono da Estação Ferroviária, tombada desde 1996, pelo então Prefeito João Cesar Cáfaro; espécies exóticas, isto é, invasoras: o bagre Africano e o caramujo Africano; uso irregular de terrenos baldios para jogar lixo e posteriormente queimá-los; e a poluição do Rio aldeia, principalmente após o acidente com o trem cargueiro em 26 de abril de 2005. Neste episódio ocorreu um derramaento de mais de 60 mil litros de óleo diesel, causado pelo descarrilamento de trem próximo ao Rio Aldeia, nas vizinhanças do CIEP, que deságua no rio Caceribu e este na Baía de Guanabara. 


                                                                                                                                     PÁGINA 05




 
O 81º aniversário da Estação Ferroviária de Visconde de Itaboraí


           Um projeto com os mesmos objetivos que este, foi realizado por um grupo de alunos em 2004 - O Tesouros do Brasil -  foi um projeto destinado a escolas de Ensino Fundamental e Médio com o objetivo de estimular nos jovens a preocupação de valorizar o patrimônio brasileiro, começando pelos bens culturais de sua própria cidade.  Ele encontra-se registrado  no livro nº 1 de 2004.
            O objetivo da comemoração do 81º aniversário da Estação Ferroviária de Visconde de Itaboraí, em 2008, foi para que mais alunos participassem desta vez e que todos conhecessem a história da Estação, através da comemoração dos seus 81 anos de existência, que a vissem como um bem cultural do bairro, um patrimônio histórico, natural, incentivando-os a realizar ações de valorização e preservação, exaltando a importância desse bem. Principalmente após o início das obras do COMPERJ em nosso município.
            O projeto contou em um primeiro momento, com as seguintes  atividades preparatórias: pesquisa  bibliográfica sobre a História da Estação Ferroviária de Visconde de Itaboraí; entrevista semi-estruturada com ferroviários aposentados e pessoas antigas da comunidade sobre a Estação Ferroviária; pesquisa semi-estruturada sobre Tombamento de Bens Culturais, ressaltando a importância, da Estação Ferroviária de Visconde de Itaboraí ser um dos bens integrantes do patrimônio Histórico  e Artístico Municipal desde1996, pelo então prefeito João César Cáffaro. Em um segundo momento, os alunos realizaram uma visita à Estação Ferroviária de Visconde de Itaboraí, munidos de celulares ou câmeras digitais com o objetivo de ser escolhida a melhor foto digital da Estação Ferroviária. No terceiro momento, houve Projeção do DVD “Itaboraí:  História e Informações Gerais” e uma Palestra sobre a História da Ferrovia, com o autor do DVD, Paulo Maia.
       A Culminância do Projeto, O 81º  aniversário da Estação Ferroviária de Visconde de Itaboraí, aconteceu no dia 9 de julho de 2008, com a Exposição das fotos digitais feitas pelos alunos, inclusive as fotos das entrevistas aos ex-ferroviários; apresentação do Hino Nacional pela  banda do CIEP 308 (foto 1 e 2); entrega de camisetas comemorativas aos ex-ferroviários pela coordenadora regional Suely Lopes que sempre apoiou o projeto (foto 3); e um abraço simbólico na estação (foto 4).


       





                                                                                                                                   PÁGINA 06



Diagnóstico dos efeitos de um acidente. Trabalho de Campo.

            Um desastre ecológico de grandes proporções! Assim que foi considerado pelos ambientalistas o vazamento de mais de 60 mil litros de óleo diesel, causado pelo descarrilamento de trem próximo ao Rio Aldeia, nas vizinhanças do CIEP, que deságua no Rio Caceribu, na terça-feira, 26 de abril de 2005.
            A mancha de óleo avançou pelo rio Caceribu, afetou a APA Guapimirim e quarta-feira, 27 de abril atingiu a Baía de Guanabara.
            O descarrilamento aconteceu às 4h 30min, numa madrugada chuvosa, e envolveu um trem carregado de óleo diesel que ia de Duque de Caxias para Campos. Um dos vagões foi perfurado por um engate e ocorreu o vazamento. Seis barreiras de bóias foram montadas a 10 km do local do acidente, no rio Caceribu. O objetivo era evitar a entrada da mancha na APA  Guapimirim, um dos paraísos ecológicos da Baía. (Fotos 1 e 2).
                     

Mas, segundo o coordenador da equipe de emergência da Feema, o óleo diesel, que é muito fino, passou por baixo. As barreiras foram mal dimensionadas, elas deveriam ter uma saia por baixo. (Foto 3).
Do rio Aldeia, próximo à ferrovia, à rodovia e ao CIEP 424 até a Baía de Guanabara, o óleo percorreu mais de 12 km ao longo do rio Caceribu.
            A chuva contribuiu para que o óleo chegasse mais rapidamente à Baía de Guanabara e a chuva aumentou a velocidade da correnteza do rio.
            Todos esses fatos foram acompanhados pelos alunos através da janela do CIEP, vendo os helicópteros das emissoras de TV que cobriam o acidente, os repórteres dos jornais, da televisão, etc. Os alunos fizeram várias pesquisas sobre o assunto; gravaram várias reportagens, fotografaram o acidente quando lhes permitiram. Sua culminância foi no dia 5 de junho - dia mundial do meio ambiente - com uma palestra do subsecretário municipal do Meio Ambiente, Heleno de Jesus Cruz,  gerando um vídeo editado artesanalmente pelos alunos. (Foto 4 e 5).
                             
       Todos esses fatos encontran-se registrados na monografia do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Ensino de CiênciasModalidade CiênciasUniversidade Federal  Fluminense, 2007. A447    Almeida, Josiane da Silva Martins de.
Revitalização da Bacia da Baía da Guanabara.Ações no município de Itaboraí : conscientizar para preservar /Josiane da Silva Martins de Almeida ; orientadora Isa Costa. –- Niterói, 2007. 73 f.                            

                                                                                                                                      PÁGINA 07



Enchente em Visconde de Itaboraí e a limpeza dos rios que o Município ganhou como presente por seus 176 anos

           O temporal que assolou a região metropolitana do Rio de Janeiro na noite de quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009, castigou o município de Itaboraí. De acordo com a Prefeitura, cerca de 250 pessoas foram desalojadas. Entre os bairros mais atingidos estavam: Manilha, Engenho Velho, São Joaquim, Visconde de Itaboraí, Porto das Caixas, Areal, Manilha e Ampliação.
             Na localidade Visconde de Itaboraí, a água subiu cerca de cinqüenta centímetros e alagou ruas, casas e veículos. De acordo com moradores, a força da água derrubou muros, invadiu casas e arrastou móveis. No fim da tarde do dia seguinte, muitas pessoas ainda retiravam lama das casas e contabilizavam as perdas, enquanto outras tiveram suas casas inundadas por vários dias, pois as águas das chuvas não escoavam, uma vez que o volume de água do rio Aldeia não diminuía.
            Mesmo tendo conhecimento da existência de  construções irregulares no entorno e até mesmo em cima de um valão, responsável por escoar água das chuvas e que possivelmente teria contribuído para a enchente, a  associação de moradores cogitou a hipótese de que as obras do COMPERJ, estariam contribuindo para aquele cenário de enchente, nunca visto anteriormente na comunidade (Foto 1).  Baseados na coincidência do início das obras do COMPERJ com a enchente de tamanha proporção, os representantes da associação de moradores pediram a Petrobras para visitar as obras e até um  helicóptero para sobrevoar a área e ver se não havia obstrução em algum trecho do rio.
                                                                                        Foto 1 da aluna Taiene.

               Após alguns dias os engenheiros responsáveis pela obra, marcaram uma reunião no CIEP 424 Pedro Amorim (Foto 2).
               Para esta reunião foram convidados representantes dos governos municipais e estaduais,  representantes da associação de moradores, pessoas da comunidade local, funcionários da escola e parte da equipe da Agenda 21 Escolar marcou presença (Foto 3).

Foto de Tati  2.                                                                                                               Foto 3 de Tati          

           Os engenheiros responsáveis pelas obras do COMPERJ trouxeram professores doutores em bacias hidrográficas da UFF, que trouxeram fotos de satélites com a localização das bacia hidrográfica formada pelos rios: Macacu, Casseribu, Iguá, Aldeia e Várzea. Ressaltando o Rio Aldeia que corta a comunidade de Visconde de Itaboraí contribuinte do Rio Casseribu, bem como a localização do COMPERJ que fica bem no meios dessa bacia.    


                                                                                                                              PÁGINA 08


                                          

Através dos mapa (Foto 4 e Foto 5), explicou-se que as obras do COMPERJ não eram culpadas pelas enchentes na região e, caso fossem culpados, a obra teria que ser embargada imediatamente de acordo com o RIMA riscos de impactos ambientais.  
Foto 4 Tati                                                                                           Foto 5. Tati

          Segundo os engenheiros, a proposta de FMP (Faixas Marginais de Proteção) de rios e córregos, estabelecidas com base na legislação estadual do rio Macacu e Caceribu, determina que será mantida uma distância de 100 metros, além dos diques. Dessa forma, de maneira conservadora, está assegurada a proteção das áreas marginais dos rios, excedendo ao que determina a lei para rios desse porte.
            Em um dos momentos usaram a seguinte expressão “ Nos incluam fora dessa”! Eles culparam as enchentes nunca vistas anteriormente na comunidade aos efeitos das mudanças climáticas, cujas chuvas mais fortes estão se concentrando em períodos curtos de tempo - tem chovido em um único dia o que deveria chover em um mês inteiro; à existência de  construções irregulares no entorno e até mesmo em cima de  valões de drenagem; à falta de limpeza nos canais de drenagem dos rios e nos cursos de água que deveria ser feita pela prefeitura. Uma pessoa, durante a reunião, concordou com tais argumentos ao dizer que fazia 15 anos desde a última limpeza dos canais de drenagem, feita pela equipe do Sr Joaquim Xavier - utilizando enxadas!
             Uma das pessoas perguntou aos engenheiros se eles não poderiam obrigar a prefeitura a fazer o seu dever de casa, isto é, fazer a limpeza dos canais de drenagem do rio e impedir construções irregulares. Eles responderam que não e o que poderiam fazer para ajudar seria reforçar o pedido da comunidade.
          Um dos engenheiros falou que se as máquinas e tratores usados por eles não fossem tão grandes, eles deixariam, como legado à comunidade, a limpeza desses canais. Porém, o que poderiam fazer naquele momento era reforçar junto às autoridades estaduais e municipais as reivindicações dos moradores e aguardar a visita de apenas 15 (lotação da van da Petrobras) pessoas previamente agendadas e devidamente vestidas para uma visita as obras, para que pudessem constatar o que haviam explicado.
            Todavia, esta solicitação de limpeza e desobstrução dos rios já havia sido solicitada anteriormente pelo deputado Audir Santana, que consta no seguinte endereço: http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/scpro0711.nsf/Internet/IndAutorInt?OpenForm&Start=13.11&Count=15&Expand=13

            Pôde-se constatar no dia 22 de maio, através do presidente da Assembléia Legislativa do Rio (deputado Jorge Picciani (PMDB)) (Foto5), que atendendo as solicitações feitas pelo legislativo estadual deputado Audir Santana, fez a entrega do que qualificou como "um dos principais presentes de aniversário para a cidade de Itaboraí", na comemoração de seus 176 anos de emancipação política e administrativa naquele dia. O governador do estado, Sérgio Cabral, anunciou a chegada à cidade do programa "Limpa Rio", que consiste na limpeza de rios, canais e lagoas, para dar fim às enchentes que têm assolado o município (Foto 6).



                                                                                                                                       PÁGINA 09




           Através do programa "Limpa Rio", o Governo estadual, sempre em parceria com as prefeituras, estará promovendo a limpeza e a desobstrução de rios e lagoas, que recebem toneladas de lixo e sedimentos todos os dias e que, entupidos, agravam as enchentes e provocam a proliferação de insetos e de doenças. O estado entra com dragas, caminhões e escavadeiras, entre outros equipamentos, e com a mão-de-obra, atendendo as solicitações feitas pelos legislativos estaduais e municipais; associações de moradores e representantes de comunidades que sofrem com as chuvas todo o ano. Já os municípios entram com o compromisso de executar medidas compensatórias, como retirar moradias da beira dos rios, melhorarem a coleta e combater o lançamento de lixo em cursos de água, além de repor a vegetação em suas margens e áreas de nascentes.
            Além do anúncio das obras do "Limpa Rio", o governador Sérgio Cabral informou que começariam, na sexta seguinte, as obras de recuperação da Rodovia RJ-114, que liga Itaboraí a Maricá.
            "Hoje trago dois presentes para os moradores de Itaboraí. Um deles, vocês podem ver aí nas ruas, com a presença dessas máquinas maravilhosas que vão dragar os rios e lagoas e acabar com as enchentes no município. O outro presente é o início das obras da RJ-114, que vão trazer mais agilidade e segurança para a população. Tudo isso com recursos do Estado. Estamos também estudando a implantação de linhas de ônibus nessa rodovia", prometeu Cabral (Foto 7 ).
            O prefeito de Itaboraí, Sérgio Soares, recebeu as autoridades durante o evento em comemoração ao aniversário da cidade, na Praça Marechal Floriano Peixoto, e agradeceu a ajuda do Governo estadual. "Esse projeto vai garantir tranqüilidade na época do ano em que mais sofremos com as enchentes. Começamos efetivamente hoje a acabar com um mal que já afetou muito o nosso município", comentou Soares. Também esteve no evento o vice-governador Luiz Fernando Pezão; o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc (Foto 8); a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, o Deputado Estadual Audir Santana, o Deputado Federal Alexandre  Santos e o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino Martins Pereira (Foto 9).




    Foto 8                                                                      Foto 9
              Os integrantes da Agenda 21 Escolar, esperam que estas obras prometidas se concretizem, pois não querem que a comunidade sofra enchentes novamente!


                                                                                                                                 PÁGINA 10



Matéria da Rede Record sobre a interdição da ponte Visconde-Porto das Caixas
“Transtorno para os motoristas em Itaboraí na região metropolitana do Rio. Tudo por causa da interdição de uma ponte que faz ligação com o centro do município.
A ponte é o principal e o mais rápido acesso ao centro de Itaboraí. Há cinco dias o local foi interditado para o tráfego de veículos, a pista esta desnivelada, a estrutura comprometida. Em alguns pontos o concreto cedeu, há rachaduras. A ponte liga dois grandes bairros do município, Visconde de Itaboraí e Porto das Caixas, o que obriga passageiros de ônibus fazer baldeação para seguir viagem entre eles.
Ciclista e pedestres se arriscam na travessia. Para os moradores a interdição da ponte tirou o direito de ir e vir. Segundo eles, das vinte duas horas (22:00) até de manhã a situação é ainda mais crítica. Neste horário não há ônibus disponível e o transporte alternativo nem sempre é garantido.
Os motoristas dos ônibus são obrigados a voltar de marcha ré num trecho de 500m. Mais um risco de acidente.
            O outro trajeto para o centro de Itaboraí é mais longo. Quem vive na região diz que precisa percorre 20 km a mais. Com a ponte são apenas 8 km. A prefeitura de Itaboraí alegou que a responsabilidade pelo concerto da ponte é do instituto Estadual do Ambiente e do Departamento de Estrada de Rodagem. O DER informou a nossa produção que a prefeitura que deve fazer a obra.
No jogo de empurra a população é que sai perdendo.
Quem fica no meio dessa história toda é a população que fica igual a bolinha de ping pong e peteca de um lado para o outro.
Neste caso a interdição da ponte é necessário porque a estrutura dela está muito ruim. Porém, o que irrita a comunidade é o fato de não saber quem e quando vai concertar a ponte.
O que mais deixa a população indignada, não é o fato de estar interditada, é o fato da obra não estar   em andamento.”- palavras da repórter Clarissa Fortunato.

                                                                                 Foto 1                                                                         
                                                                           Foto 2                                                                         

                                                                                                                         PÁGINA 11




2ª Reportagem da Rede Record – Perigo: Ponte Provisória pode cair

            “Os moradores de Itaboraí estão desesperados. Tudo porque a ponte provisória ameaça cair.         Quando os veículos passam, ela balança muito, as grades de proteção estão soltas. Vejam o tanto que elas balançam!
            E o que chama a atenção é que a estrutura é sustentada apenas por este pedaço de madeira.
            De acordo com os moradores daqui da região, já aconteceram vários acidentes aqui nesta ponte. No último, o motorista de um ônibus acabou ficando pendurado nesta grade que esta destruída.”- palavras da repórter Clarissa Fortunato.
  
            Clarissa  perguntou ao morador Carlos Lemos:
            Clarissa: Como foi esse acidente?
            Carlos Lemos: O ônibus vinha passando por aqui. Na curva, próxima a ponte, tem que dar uma paradinha, mas ele passou direto. Quando ele passou, devido a ponte ser estreita, ele bateu no corrimão e ficou pendurado quase matando umas vinte pessoas que estavam dentro do ônibus.
            Foi quando vieram os moradores do local. Eles socorreram o motorista. Ia passando um caminhão que puxou o ônibus. Quase há um desastre perigoso aqui. Quase que provoca vítimas.
            “Quando os veículos passam dá para ver exatamente a precariedade desta ponte. O espaço por onde passam os  pneus é muito estreito, o que exige muita atenção dos motoristas, principalmente os ônibus e caminhões. Qualquer descuidado a roda pode ir no corrimão.”- disse a repórter.
            Clarissa: É isso seu Carlos?
            Carlos: É isso mesmo. O espaço onde rola os pneus dos veículos é muito pequeno. E a gente ainda vê a seguinte situação: tem uma placa dizendo – é proibido passar caminhões acima de 13 toneladas. Só que estão passando caminhões para o material de construção, caminhões de barro, etc. ontem passou uma carreta com aproximadamente 18 toneladas, cheio de piso para o material de construção. A gente não quer que amanhã vocês estejam noticiando morte de moradores de Itaboraí numa ponte por incompetência da Prefeitura Municipal.
            “Essa ponte liga os bairros de Porto das Caixas e Visconde de Itaboraí. Ela é fundamental, principalmente para os moradores que trabalham em cidades vizinha e os estudantes. Sem ela, é preciso dar uma volta de aproximadamente 30 Km para chegar ao destino desejado.
            O Chaves é pedreiro, trabalha no centro de Itaboraí e depende dessa ponte para conseguir chegar ao trabalho.”- relatou Clarissa Fortunato.
            Chaves: Sim nós dependemos dessa ponte e sem ela seria impossível, porque deveríamos dar uma volta muito grande por Itambi e Manilha para chegar no trabalho e chegaríamos com atraso. Essa ponte deveria ser uma ponte melhor, ela não tem estrutura nenhuma. (Foto 2 e 3)
            Clarissa: Você passa aqui porque realmente precisa?
            Chaves: Realmente é necessário passar por aqui e até perigoso, a qualquer hora um ônibus pode cair dessa ponte.


                                                                                                                                                     PÁGINA 12



































            Clarissa: A gente vai tentar falar agora com moradores, passageiros, motoristas.
            Clarissa: Bom Dia!O que vocês acham dessa ponte?
            Passageira: Uma porcaria! Eu achava que nem deveria ser inaugurada!
            Clarissa: Você tem medo de passar por aqui?
            Passageira: Com certeza.
            Clarissa: Ela balança muito?
            Passageira: Pra caramba!
            Passageira de um carro de passeio diz: Pelo tempo que a gente espera alguma coisa aqui em Visconde, com certeza, teria que ser uma coisa bem melhor!
            Clarissa: A senhora tem medo de passar por aqui?
            Passageira: tenho.
            Clarissa: Por quê?
            Passageira: Tenho porque a gente pensou que seria uma coisa melhor, seria uma estrutura bem mais firme.
            “Essa ponte é provisória. Ela foi colocada em julho, depois que o Balanço Geral mostrou as péssimas condições dessa outra ponte que existe há mais de 50 anos. Na época a promessa da prefeitura foi construir uma nova ponte em 60 dias. Enquanto isso os moradores utilizam a passagem provisória. Só que há 10 dias de terminar o prazo estipulado pelo município, não se vê nenhuma obra aqui no local.
            Hoje os veículos passam, mas a insegurança continua. E o pior, sem fiscalização aqui na ponte antiga, pedestres e ciclistas continuam utilizando a ponte interditada.
            A Maria é exemplo disso.”
            Clarissa: Você sabe que é proibido passar por aqui, na ponte interditada?
            Maria: É proibido, mas a ponte que está interditada está melhor que a ponte provisória, que está caindo tudo. A gente ainda corre o risco de ser atropelada.
            Clarissa: Você prefere passar pela antiga?
            Maria: Prefiro passar pela antiga, pois está mais segura que a provisória.
            Clarissa: Você tem esperança ainda que uma ponte bonita com uma estrutura bacana seja construída aqui?
            Maria: vai ser um pouco difícil, nada 100%. Vamos confiar Naquele lá de cima! Vamos ver o que acontece.
            Clarissa: Nós estamos aqui com o chefe de gabinete da secretaria de obras, Marcio Braga, que vai explicar pra gente porque a obra da construção da nova ponte ainda não começou.
            Inicialmente vocês estipularam um prazo de 60 dias para entregar a nova ponte, mas a obra não começou.
            Secretário: Na verdade, nós tínhamos estipulado um prazo para a ponte provisória. A ponte nova é um projeto grande, é uma ponte de 35 m com mão dupla, 9 m de largura. Não é uma obra do dia para noite. É uma obra complexa. Teve que respeitar um processo licitatório. Já foi feito essa licitação em caráter emergencial. A empresa já foi contratada e o processo já esta empenhado. A empresa tem um prazo desta semana de entregar o projeto executivo e na próxima semana ela já começa de fato as obras da construção da nova  ponte. Mas com relação ao prazo, acredito que é de no mínimo de 5 meses e no máximo de 6 meses para a nova ponte  estar pronta.


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“De DARWIN ao COMPERJ”-Uma expedição através das origens e da evolução de Itaboraí.

        O desfile cívico-2009  realizado no distrito Visconde de Itaboraí, no dia 9 de maio teve o seguinte tema:  ‘De DARWIN ao COMPERJ”- Uma expedição através das origens e da evolução de Itaboraí (Foto 1). Comemorando neste ano de 2009 os 150 anos da obra “A origem das espécies”, escrita por Darwin, após sua expedição. Ao mesmo tempo em que a cidade passa por um processo de transformação estrutural e ambiental, com a construção das futuras instalações do complexo petroquímico do Estado do Rio de Janeiro, a comemoração da obra de Darwin mostra que não se deve distanciar o passado. Ele é essencial para  que se escreva as páginas de um futuro baseado na evolução e na qualidade de vida.
        A proposta foi despertar nos alunos um perfil investigativo para que pudessem ser observadas as semelhanças entre a expedição de Darwin, que começou em 1831, e a chegada do COMPERJ, com obras iniciadas em 2008. Estas, além de representarem um salto para a evolução do município têm a preocupação de preservar e cuidar do meio ambiente.
        Todas as escolas foram convidadas a trabalhar este tema. Acreditando possuir elementos ricos a serem trabalhados com os alunos, as professoras Eloíza e Josiane sugeriram aos alunos um roteiro de trabalho. Neste roteiro haviam ações a serem desenvolvidas, entre elas a visitação dos grupos de alunos à placa comemorativa da expedição "Caminhos de Darwin", do município. Durante a visita, observaram na placa as anotações que Darwin  fez sobre Itaboraí, registrando o momento com fotos (Foto 2).
         A expedição "Caminhos de Darwin" partiu no dia 26/11/08, do Jardim Botânico do Rio com destino ao interior, até sábado dia 29/11/08. Ela percorreu todos os pontos de 12 municípios que o britânico visitou há 176 anos, quando chegou ao Rio de Janeiro no navio Beagle. Itaboraí foi o penúltimo município da expedição. Durante esta, foram inauguradas placas comemorativas com mapas do Estado, sinalizando o trajeto de Darwin e observações do seu diário sobre o lugar. A expedição tem como objetivo ressaltar a importância da viagem do naturalista para a ciência, para a preservação do patrimônio histórico e geológico da região e criará um roteiro turístico educacional e científico no Estado.


           Os alunos reconheceram que Itaboraí era coberta pela Mata Atlântica ao identificarem no diário de Darwin a seguinte anotação “...Durante o dia, passamos por uma      floresta de acácias cuja folhagem formava um delicado véu ...” . Perceberam que resta muito pouco deste bioma, mas essa pequena parcela pode contar muitas histórias e identificar a Mata Atlântica como um dos sistemas mais ricos e complexos do planeta. Ela contém uma infinidade de espécies vivendo em muitos intricados ecossistemas e trata-se de um dos biomas mais ameaçados do planeta.
           A professora Josiane participou, por acaso, da inauguração da placa comemorativa, no dia 29/1/2009 (Foto 3). Ela estava levando sua filha ao ortopedista. Percebeu que poucas escolas participaram da inauguração e posteriormente ao ler a programação, notou que algumas coisas foram modificadas. Por exemplo, havia no prospecto que 12h30 ocorreria a Chegada da "Expedição de Darwin"e seriam recepcionados na Av. 22 de Maio, por cavaleiros itaboraienses e conduzidos pela estrada da "Cruz das Almas" (citada por Darwin em seu Diário). Passando pelos Colégios Visconde de Itaboraí (Estadual) e Leão XIII (particular), onde a comitiva seria saudada pelos alunos. Isso não aconteceu! Não havia nenhuma escola Estadual no evento!  Comprovadas pelas fotos no seguinte endereço: http://picasaweb.google.com.br/caminhosdedarwin2008/ExpedicaoItaborai#
            A briga política em Itaboraí faz com que a população saia perdendo.
            Mesmo assim, ela relatou felicidade por ter participado deste evento histórico, pois pôde rever sua professora do curso da UFF de Pós-Graduação do Ensino de Ciências, modalidade ciências, Sandra Escovedo Selles, que estava exercendo um papel importante na expedição. Ela foi uma das organizadoras do evento e tradutora do tataraneto de Darwin, Randal Keynes. Ainda conseguiu tirar uma foto com eles (Foto 4). A professora ficou triste por não ter tido a presença de nenhum aluno neste marcante evento. E alegou ser esse um dos motivos que a incentivou participar do projeto “De Darwin ao COMPERJ”.




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Visita  ao Jardim Botânico e ao CCBB
        Em um mesmo dia, foram feitas duas visitas.
        A primeira foi ao Jardim Botânico, complementando o projeto “De DARWIN ao COMPERJ”, pois o  ponto de largada da expedição "Caminhos de Darwin" foi o Jardim Botânico do Rio. A placa comemorativa foi inaugurada aos pés de uma velha árvore de fruta-pão que possivelmente foi observada por Darwin em sua passagem por lá. (Foto 1).
        Os alunos, assim como o tataraneto de Darwin, Keynes, quase 180 anos depois, caminharam pelas estufas e pelos corredores de palmeiras e se impressionaram com a diversidade de plantas que viram - principalmente com as orquídeas, bromélias e plantas carnívoras, pelas quais Darwin tinha um interesse especial. "Ele ficaria muito feliz de ver que o Jardim Botânico se transformou numa verdadeira instituição científica", disse Keynes.






       Os objetivos mais relevantes da visita foram: reconhecer, após consultar o mapa dos “Caminhos de Darwin no Rio”, que o Jardim Botânico, foi o ponto de partida de sua viagem à cavalo durante 18 dias pelo Norte fluminense; constatar após visita, que o Jardim Botânico hoje , quase 180 anos após a visita de Darwin, transformou-se numa verdadeira instituição científica (com um herbário de 450 mil amostras de plantas e 8300 espécies em seu arboreto), contrastando com o jardim de especiarias descrito por Darwin; e incentivar o espírito observador que todo cientista deve ter. 
      Esse espírito observador, pode ser exemplificado com o fato em que Darwin, ao receber a orquídea Angraecum sesquipedale originária de Madagascar, previu que em algum ponto de Madagascar, ilha que nunca visitou, deveria ter uma mariposa com uma probóscide de 28 centímetros, adequada para extrair o néctar dessa orquídea. Este fato foi comprovado muito tempo depois de sua morte
      A segunda visita foi ao CCBB, à exposição: “Os gêmeos – Vertigem”, onde os alunos participaram de várias oficinas.




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3 comentários:

  1. Bela atividade. Continue alimentando este blog, favorecendo interdisciplinaridade, aquecendo bons rumos para a educação.
    Parabéns!

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  2. Excelente atividade! A ideia da horta é incrível e pode ser aproveitada com o uso conjunto de outras disciplinas como geografia, história e biologia.
    Adorei!
    Um grande abraço,
    Alê

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  3. Amei a atividade,

    Na escola que eu trabalho, temos o privilégio de termos dois jardineiros fantásticos, trabalham com horta orgânica, minhocário e inclusive reutilizando materiais em um jardim suspenso!

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